domingo, 30 de janeiro de 2011

Lembrando

Lembro quando essa frase era meu lema:
"Nada do que possa acontecer vai tirar esse sorriso do meu rosto"

Não estou sendo muito leal.

Tem dias.

Tem dias em que me animo
Dias que nada tem cor
Há os que são empurrados
E os que olho para trás

Tem dias em que nem sei se estou vivendo
E outros que vivo como se fossem sonhos
Há os que são pesadelos
E os que eu odeio!

Há dias em que escrevo
E os que não saem da minha imaginação.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Realidade.

O pior é não poder trabalhar com o que você gosta, e ver o sonho de fazer arte cada vez mais longe por ter que arrumar um emprego convencional que me dará alguns papéis que alguns dizem valer alguma coisa.

Hoje minha garganta dói com a força que reprime o choro.

Desculpas.

Por hoje eu aceito toda a culpa. Deixo que você aponte seu dedo no meu rosto e me diga como ferrei com tudo. E mesmo que não diga, por ser discreta, deixo que seus pensamentos se manifestem; sei que na verdade pensas assim. Eu que sempre quis ter tudo sobre controle, vacilei, e acabei trazendo desgosto pra muita gente.

Desculpe ter roubado a senha do príncipe encantado e ter entrado na sua vida assim, sem revelar a fraude.

Vejo as fotos alegres dos meus amigos, e inevitavelmente me vem a mente a idéia que nada será como antes. E é pior ainda pensar que pra você será tudo mais difícil, ainda mais o fato de ser apaixonada por mim. Desculpe por não saber nunca como tratar seus sentimentos.

Sei que te magoei com minhas perguntas e dúvidas, com meu desprezo involuntário, e meu desrespeito ocasional, mas nunca foi minha intenção te ferir. Eu apenas fui fraco e egoísta.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

A alegria do Domingo.

Conhece a expressão: "Hoje está parecendo Domingo!" Isso é porque os domingos são diferentes; realmente diferentes. Cada dia tem sua "cara". Mas o domingo é unânime. Podemos até rotular os dias como... Por exemplo: segunda tem cara de preguiça, cansaço; a sexta tem cara de fim, de fim de semana chegando... E por aí vai, mas dependendo de sua atividade, haverá divergências. Agora uma coisa é certa: A concepção do domingo é unânime. Domingo é alegria! Tem uma certa tranquilidade. Nada de trânsito. Nada de correria... Tem até seus barulhos específicos: crianças gritando na rua; narrador de futebol; seus familiares chegando ou fofocando na cozinha... Ah, e aquela mesa farta... Hum, dá pra saber que dia da semana é pela mesa! A mesa de domingo é sempre mais bonita, tem mais cores. E o sol... até o solzão de rachar típico. Os raios são diferentes, dá pra saber pela janela quando é domingo. A única coisa ruim é: a semana se inícia.

Amigos.

Meus amigos me perguntam "Como você está?", "O que anda fazendo?".
E eu não tenho coragem de responder, nem mesmo aparecer.

Tenho amigos insistentes, me procuram por todos os lugares. Eu acharia bom em qualquer outra situação. Levantaria as mãos ao céu e agradeceria, mas nesse caso isso só me corta mais o coração. Se eu ao menos falasse com tranquilidade sobre.

Se eu não escrevesse, eu morreria!

Gênero.

Seria mais fácil se eu fosse apaixonado por ela. Mas se assim fosse, esse filme não seria do gênero drama, e sim uma comédia romântica.

Quero que o tempo passe logo para que eu possa rir de tudo isso.

Parece que cada notícia que recebo é bomba.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Quer apostar?

Hoje eu ouvi:
"Você será o melhor pai do mundo!"

:)

Agora.

Esses dias no trem eu reparei: quantas mulheres grávidas!
Isso me lembrou o poema do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro.

"Agora que sinto amor
Tenho interesse no que cheira.
Nunca antes me interessou que uma flor tivesse cheiro.
Agora sinto o perfume das flores como se visse uma coisa nova.
Sei bem que elas cheiravam, como sei que existia.
São coisas que se sabem por fora.
Mas agora sei com a respiração da parte de trás da cabeça.
Hoje as flores sabem-me bem num paladar que se cheira.
Hoje às vezes acordo e cheiro antes de ver."

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Vergonha de dizer para os meus amigos o motivo da minha ausência.

Nada mais tão longe.

Hoje na aula, entre uma pausa do professor, estávamos sentados avulsos sobre o palco. Eu estava calado observando meus colegas, que começaram a falar sobre planos e futuro.

De repente percebo que não há nada mais tão longe em minha mente do que 9 meses.
Pra onde foram?

Medo.

Sabe, às vezes bate um medo. Não um medo dos que eu já senti, é um medo diferente. Como um medo do mundo pesar nas minhas costas, e de repente eu não aguentar... Me encurvar e mesmo assim ter que subir uma ladeira enorme, sozinho.

Dessa vez serei eu e o meu lado mais fraco.

Uma breve reconstituição.

Era época de natal. Todos em festa. Luzes pela cidade inteira.

A verdade é que, desde a desilusão com o papai noel, nunca gostei muito dessa data, e além do mais, sempre achei detestável o fato das pessoas fingirem ser famílias perfeitas. A chamada "hipocrisia da ceia", todos se reunem, e fingem ser presentes o ano todo.
Entretanto, minha amiga querida me convidou para uma sessão de fotos dos arranjos, em sua cidade.
Tiramos várias fotos com aquele plano de fundo. Teve até presente gigante.
A julgar pela foto, tive um ótimo natal, bem ao encontro da regra que diz que precisamos nos enganar assim nos albúns de fotografia da família.

E tudo isso no dia da minha viagem com meus amigos.

Refúgio?

Uma pessoa normal, em uma situação normal, correria para os amigos; para um porto seguro. Comigo isso nunca funcionou, sempre pensei em me mostrar da melhor maneira possível: com um sorriso no rosto. Tenho ciência que isso não é lá muito saudável, mas...

Ainda bem que tenho as palavras, somado com algumas árvores e uma graminha macia, ualá: Temos o meu porto seguro.

De algum modo todo mundo precisa de um refúgio.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Oração.

Meu Deus, eu sei que só recorro a ti quando preciso, e talvez por isso a minha súplica não seja tão plausivel. Sei que talvez eu mereça as consequências desse meu ato, mas lhe peço que esteja aqui comigo.


Peleu de Morais - Eu, jovem e pai.

The hardest part.

O pior é não poder chorar alto
É ter que abafar para que ninguém descubra.
O pior é não ter pra quem contar
É ter que reprimir tudo aqui, e ainda não demonstrar tristeza.
O pior é não sorrir mais
É quando perguntam o que aconteceu e eu minto.
O pior é pensar que tudo não se passa de um sonho...
É saber que é uma verdade incoveniente.

Me lembrei da música de uma banda que sempre gostei.
The hardest part - Coldplay
(...)
"Me pergunto sobre o que é isso tudo

Tudo que eu sei está errado
Tudo que eu faço apenas fica arruinado
E tudo está despedaçado

Ah, e é a parte mais difícil
Essa é a parte mais difícil
Sim essa é a parte mais difícil
Essa é a parte mais difícil"

De repente.

De repente o mundo não tem mais graça.
De repente tudo é cinza.
De repente as músicas já não me agradam
De repente os filmes são apenas repetições.

De repente EU SOU PAI.

O sal.

Tinha esquecido de como era salgada as minhas lágrimas; de como meu nariz se entupia por completo.

E os meus planos? E a minha arte?
Por que comigo?
O que eu vou fazer?
E os meus pais, matarei de desgosto.

Tenho mais perguntas do que chão.

O dia da descoberta.

Lembro-me bem, e acho que nunca esquecerei. Estava eu no meu quarto, quando o celular começa a vibrar, atendo logo, é ela! Após a premissa, me diz pra eu sentar (como nas novelas), e então disse: "Acho que estou grávida"


"Acho que estou grávida"
                                                                  "Acho que estou grávida"
                                                                                                                    "Acho que estou grávida"
                              "Acho que estou grávida"


Juro que essa frase ecoou e durou minutos. Não ouvi nada além.
Uma pressão subiu a minha cabeça.
O chão pareceu mais próximo.