sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sem pensar muito.

E agora estou aqui escrevendo sem pensar, apenas pelo impulso. Queria dizer como me sinto; sobre como estou. Não consigo dormir. O silêncio me incomoda não mais que qualquer música. E o engraçado é que sempre fui movido pelas letras e canções. Tudo porque sinto que abri mão de muita coisa. Abri  mão de poder escrever sobre o amor; ah o amor, nunca mais soube o que dizer. Agora parece que não tenho mais esse direito; agora a vida é séria demais para devaneios - olha só o que estou escrevendo, não imaginaria jamais. Abri mão das longas horas que passava estudando o que mais gostava. Era uma questão de princípios não trabalhar por causa do dinheiro, hoje me traio quando me vejo voltando de uma seleção para um emprego qualquer. Abri mão dos vários amigos, pelo simples fato de não ter coragem de explicar a burrice que fiz, mas acima de tudo, o que últimamente mais me assombra é o fato de nunca ter tido uma boa relação com a minha família e agora dar a adeus definitivamente... Às vezes eu queria gritar, mas quando a razão toma conta eu já não quero dizer nada a ninguém, talvez seja isso que está me matando por dentro. O fardo pesa principalmente sozinho.

Agora vejo o que tem no fundo do poço, e ainda sinto frio.

2 comentários:

  1. Interessante como se expressa através de um impulso, fazer isso de forma bela é característico de pessoas regidas pela emoção.
    Viver é abrir mão. Só não abra mão da esperança.

    Grande Abraço.

    ResponderExcluir